Parceiros responsáveis: SerQ (Portugal) e Cesefor (Espanha)

Parceiro colaborador: Ademan (Espanha)

Descrição: Os avanços tecnológicos registados nas décadas mais recentes conduziram ao crescente uso de madeira na construção, através do desenvolvimento de produtos com níveis de qualidade bastante superiores aos até então possíveis de obter com madeira serrada. Destacam-se como produtos de elevado desempenho e com elevados índices de utilização: a madeira lamelada colada (glulam); a madeira lamelada cruzada (CLT); o contraplacado, entre outros que permitem o dimensionamento de vãos maiores, melhores desempenhos estéticos e de performance estrutural entre outras vantagens.

No que diz respeito ao glulam, é de referir que por abundância de matéria-prima e facilidade de trabalho, as espécies resinosas (p.ex. Abeto e Casquinha) destacaram-se na sua utilização no fabrico de madeira lamelada colada. Este produto de excelência, conta com um século de desenvolvimento científico e tecnológico, quer ao nível da caracterização da matéria-prima (lamelas), das colas utilizadas para assemblagem, bem como da normalização que estabelece os requisitos de fabrico e controlo de qualidade do produto e de caracterização do produto e seus componentes.

Face às evoluções registadas e ao potencial existente de espécies folhosas para o uso em madeira lamelada colada, um dos objetivos do projeto Eguralt é o estudo de soluções de madeira lamelada colada de elevado desempenho com recurso ao uso de espécies folhosas locais. Esta Experiência está diretamente relacionada com a Experiência nº 6.

O principal objetivo da presente experiência é a avaliação do desempenho de madeira lamelada colada produzido com recurso a espécies folhosas, dividindo-se em três tarefas principais:

  • Caracterização não destrutiva da matéria-prima;
  • Caracterização mecânica de vigas de madeira lamelada colada (ensaios de flexão);
  • Avaliação do desempenho da colagem.

A caracterização não destrutiva da matéria-prima é essencial pois a mesma permite aferir a qualidade das lamelas e estabelecer processos de predição das propriedades mecânicas das vigas ainda antes das mesmas serem produzidas (modelos analíticos de predição). Este processo vem no seguimento da Experiência nº 6 e será aplicado às espécies de Choupo e Faia (principalmente de 2ª qualidade de acordo com os critérios em vigor nas serrações), entre outras se possível.

Após a assemblagem das lamelas que decorrerá em ambiente controlado (temperatura e humidade relativa) conforme prescrito na normalização (EN 14080), e considerando os processos mais adequados para um bom desempenho (espessura das lamelas, colas, tempos de assemblagem, entre outros). Posteriormente à assemblagem, realiza-se um processo de cura da cola para posterior ensaio mecânico de flexão para determinação do módulo de elasticidade e resistência à flexão (EN408).

Por fim, após os ensaios destrutivos, serão obtidos provetes para validação da qualidade de colagem através de ensaios de delaminação (Anexo C – EN 14080) e de resistência ao corte pela linha de cola (Anexo D – EN 14080).